Nove meses se passaram desde que o Internacional protagonizou um dos episódios mais marcantes da temporada ao anunciar a contratação de Roger Machado, ex-jogador e ídolo do Grêmio. A chegada do treinador ao Beira-Rio causou grande repercussão na época, principalmente pelo impacto que gerou entre os torcedores tricolores, que não aceitaram ver um nome de sua história assumindo o comando do principal rival.
A escolha do Inter gerou reações imediatas. A torcida colorada celebrou não só a contratação, mas também a revolta dos gremistas nas redes sociais e nos arredores da Arena. Houve xingamentos, protestos e até vandalismo em uma homenagem a Roger na calçada da fama do Grêmio, o que demonstrou o quanto o episódio mexeu com o sentimento dos rivais.
Inicialmente, a desconfiança rondava o ambiente colorado. O passado de Roger no Grêmio levantava dúvidas sobre seu comprometimento no novo desafio. Porém, ao longo dos meses, o treinador foi consolidando seu trabalho, organizando o time e colocando o Inter entre os protagonistas do futebol nacional. O desempenho tem incomodado o lado azul do estado e reforçado a escolha feita pela direção colorada.
Inter fechou com Roger e os tricolores ficaram malucos
Na coletiva de apresentação, Roger buscou deixar clara sua postura profissional:
“Olho com naturalidade esse processo, eu vivo aqui no estado e vivi a rivalidade, como jogador sempre deixei dentro de campo, nunca interpretei como inimigos, apenas adversários. O torcedor é passional, é apaixonado pelo seu time, eu sou apaixonado pelo jogo e entendo o torcedor. Como profissional do futebol eu também consigo administrar isso de uma forma que permita circular bem nesses ambientes”, declarou o técnico.
Hoje, o Inter colhe os frutos de uma decisão que gerou polêmica, mas que se mostra eficaz. Roger Machado segue firme no cargo, com desempenho consistente e mantendo o clube na disputa pelas principais competições do país. Enquanto isso, a lembrança da reviravolta ainda incomoda o lado tricolor de Porto Alegre.