A cada temporada que passa, a Fifa tenta modernizar o VAR e deixá-lo cada vez mais coadjuvante em uma partida de futebol. Contudo, a nova diretriz da entidade, que já começará a valer no Super Mundial de Clubes desta temporada, promete mexer bastante com as equipes brasileiras – dentre elas, a dupla gaúcha Grêmio e Internacional.
Isso, porque a Fifa, presidida por Gianni Infantino, quer que o árbitro de vídeo deixe de agir apenas diante de ‘erros claros e manifestos’ e passe a atuar com o lema de ‘ajudar a melhorar o jogo’. De acordo com a reportagem feita pelo jornal ‘Marca’, da Espanha, ideia é reforçar o papel do árbitro de campo como autoridade máxima, enquanto o VAR é apenas um ‘suporte’.
Ideia da Fifa é que VAR não seja utilizado como ferramenta de correção automática
Ainda segundo a matéria, tal proposta foi discutida em um curso recente da Fifa, de árbitros pré-selecionados para o Mundial de Clubes dos Estados Unidos, e também em conferência organizada pela UEFA com dirigentes e especialistas em arbitragem. A ideia é que o VAR esclareça o jogo, e não o complique.
Essa visão, de mínima intervenção do árbitro de vídeo, foi transmitida a Pierluigi Collina, famoso árbitro de futebol e atual chefe da comissão de arbitragem da entidade. A expectativa é que a nova abordagem estimule os profissionais do apito a tomarem decisões de forma mais ativa, usando o VAR como apoio – e não como muleta.
“Algumas pessoas pensaram que o VAR eliminaria toda a discussão. Infelizmente, não. Muitas decisões são subjetivas e precisam ser assumidas em campo”, afirmou o secretário-geral Giorgio Marchetti, dizendo que a UEFA segue linha semelhante. Já David Elleray, dirigente do IFAB, reforçou a necessidade de comunicação mais clara: “É preciso explicar ao mundo do futebol como o VAR funciona e lembrar que ele tornou o jogo mais justo e seguro. Mas falhamos em comunicar isso”.