Em 2022, o Grêmio optou por encerrar o ciclo de Roger Machado no comando técnico da equipe durante a disputa da Série B, em um momento de forte pressão por resultados. A decisão surpreendeu parte da torcida e da imprensa, especialmente pelo fato de o treinador ter liderado os treinos e definido os relacionados para a partida contra o Vila Nova-GO, antes de ser desligado.
Na ocasião, Denis Abrahão, então vice de futebol, explicou que a escolha de mudar a comissão técnica foi exclusivamente do presidente Romildo Bolzan Júnior.
Embora Abrahão tivesse assegurado, dias antes, a permanência de Roger após um empate com o Criciúma, o cenário se alterou rapidamente, e a troca foi efetivada com o anúncio de Renato Gaúcho como substituto. A mudança no comando veio acompanhada da saída de Abrahão e do diretor Sergio Vasques, que, segundo o próprio ex-dirigente, deixaram os cargos por decisão própria.
Presidente do Grêmio decidiu por demissão de Roger Machado, hoje no Inter
O episódio ficou marcado pela forma como ocorreu: Romildo teria preferido comunicar as alterações apenas por meio de nota oficial, mas foi convencido por Abrahão a realizar uma reunião para tratar da situação pessoalmente. Segundo ele, Roger foi tratado com respeito tanto na contratação quanto na demissão, apesar da saída repentina.
Hoje, quase dois anos depois, Roger Machado comanda o maior rival do Grêmio, o Internacional, mas vive momento de instabilidade. Após dez rodadas do Brasileirão, o Colorado ocupa apenas a 14ª colocação, em desempenho abaixo das expectativas. A pressão sobre o treinador aumentou, reacendendo debates sobre sua capacidade de conduzir grandes equipes em momentos decisivos.
A trajetória recente de Roger mostra como o futebol é marcado por reviravoltas rápidas. De uma saída conturbada no Grêmio à atual turbulência no Inter, o treinador ainda busca estabilidade em um cenário sempre imprevisível.