Felipão perdeu a paciência com a direção e pediu demissão

Anunciado a pouco mais de duas semanas como novo coordenador técnico do Grêmio, Felipão retornou ao clube por onde foi mais feliz ao longo de sua vitoriosa carreira, mas que precisava de uma nova passagem – ao menos, para aparar as arestas deixadas antes de seu último ‘adeus’. Isso, porque em 2015 o treinador acabou pedindo demissão do Imortal em meio a muitas insatisfações.

À época, em meio a sua terceira passagem pelo clube tricolor, Luiz Felipe Scolari não conseguiu encontrar uma solução para fazer com que o elenco gremista melhorasse seu desempenho dentro de campo, e passou a fazer cobranças públicas em relação a diretoria por reforços. Aliado a isso, o mau início no Brasileirão acabou culminando na demissão de um dos maiores nomes que já passou pelo banco do Imortal.

Última despedida de Felipão coincidiu com início de era gloriosa do Imortal

“O Luiz Felipe não é mais treinador do Grêmio, ele pediu demissão pela manhã. Entendeu que o seu ciclo e capacidade de avançar no elenco com o clube estavam concluídas. E o Grêmio aceitou o pedido, que se estendeu a toda comissão técnica […] Faríamos uma avaliação mais concreta e só poderíamos fazer depois de falar com ele. Ele concluiu antes de nós”, disse Romildo Bolzan Jr, então presidente do Grêmio.

Em 51 jogos, Scolari teve 26 vitórias, 12 empates e 13 derrotas (um aproveitamento de 60,3%), que acabou não sendo suficiente para levar o Grêmio à Libertadores do ano seguinte – caindo precocemente na Copa do Brasil de 2014 e perdendo a decisão do Gauchão para o Internacional no início de 2015. Para o seu lugar, foi contratado Roger Machado, que posteriormente daria lugar a Renato Portaluppi.

“Se fosse a avaliação do clube, claro que teria sido feita. Quero dizer que desde domingo, fizemos vários contatos e avaliações. Falamos com muita gente, estávamos avaliando isso. Ele avaliou na mesma linha que nós. Antes de falar com ele, o clube não tomaria qualquer atitude. Ele veio com a posição e o clube aceitou”, completou, dando a entender que a demissão aconteceria caso Scolari não entregasse o cargo.

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