Fifa toma atitude para melhorar o futebol pra Inter e Grêmio
Já virou rotina os clubes brasileiros sofrerem todos os tipos de racismo possíveis quando viajam a outros países da América do Sul, especialmente em torneio da Conmebol. E foi pensando nisso, e também nos casos ocorridos em território europeu, que a FIFA decidiu agir e tomar medidas drásticas – que podem, inclusive, favorecer os clubes do país, incluindo Inter e Grêmio.
A nova edição do Código Disciplinar da FIFA reforça o combate ao racismo com um procedimento obrigatório em três etapas: multas por ofensas racistas foram elevadas para até 5 milhões de francos suíços; jogadores e oficiais devem ajudar na identificação de infratores; e a FIFA poderá intervir ou recorrer ao TAS se associações forem omissas.
Clubes podem até perder por W.O. em caso de racismo
“O Código Disciplinar revisado representa uma mudança radical no objetivo da Fifa de aprimorar sua estrutura regulatória para processar e sancionar discriminação e abuso racista em cooperação com nossas 211 Associações-Membro da Fifa”, disse Gianni Infantino, presidente da Fifa, destacando que a revisão do Código Disciplinar é uma forma de endurecer a luta contra o racismo dentro do futebol.
Seguindo a mesma linha de raciocínio que Andrei Kampff, advogado especializado em direito desportivo e colunista do UOL, o também advogado João Paulo Di Carlo considerou tal mudança do Código Disciplinar da Fifa uma ‘vitória para o esporte e, por conseguinte, para a sociedade’. Já que, assim, a entidade demonstra o seu compromisso inegociável no combate ao racismo.
“Ao endurecer as sanções, criar mecanismos obrigatórios de resposta e permitir sua própria intervenção em casos de omissão das federações nacionais, a Fifa não apenas reconhece a gravidade do problema, mas também chama à responsabilidade todos os entes do futebol global. No entanto, como sempre digo, o fundamental é que essas medidas saiam do papel”, disse João Paulo Di Carlo.