O Maracanã, adversário do Internacional na terceira fase da Copa do Brasil, guarda uma conexão especial com um velho conhecido da torcida colorada: Everton Cebolinha. Antes de brilhar pelo Grêmio e alcançar o futebol europeu, o atacante deu seus primeiros passos no futebol justamente nas categorias de base do clube cearense.
O vínculo entre Cebolinha e o Maracanã, no entanto, vai além das quatro linhas: seu pai, Carlos Alberto — conhecido como Betão — é diretor do clube desde 2021. A chegada de Betão à diretoria coincidiu com a fase de maior crescimento do Maracanã. Em 2020, o clube estava na terceira divisão estadual e, em poucos anos, alcançou a elite cearense.
Em 2024, ficou em terceiro lugar no Campeonato Cearense e protagonizou uma campanha histórica na Copa do Brasil, eliminando o Ferroviário e o Ceilândia. A evolução da equipe é resultado de uma combinação de gestão estável, apoio político e envolvimento direto de nomes com relevância no cenário esportivo local.
Pai de Everton Cebolinha, ídolo do Grêmio, é diretor do rival do Inter na Copa do Brasil
O Maracanã nasceu em 2005, por iniciativa da prefeitura de Maracanaú, com o objetivo de dar visibilidade esportiva a uma das cidades economicamente mais importantes do Ceará. O prefeito da época, Roberto Pessoa, idealizou o projeto e segue ligado ao clube.
Reeleito com 62% dos votos, ele mantém o apoio institucional, inclusive promovendo encontros internacionais — como o jantar com Cebolinha em Portugal, onde sugeriu que o atacante construísse um centro de treinamento na cidade.
Sob o comando de Júnior Cearense desde 2020, o Maracanã tem se destacado por sua consistência técnica e aposta em nomes locais e regionais. O goleiro Rayr, herói nas classificações recentes, lidera o grupo ao lado de Patuta, Testinha, Matheus Taumaturgo e o gaúcho Jair Belitz, formado no Igrejinha.