Reclamando de falta de tempo para treinar, Gustavo Quinteros pediu demissão
O treinador Gustavo Quinteros vive um momento delicado em sua carreira, agora à frente do Grêmio. Com resultados abaixo das expectativas, seu trabalho será avaliado nas próximas rodadas, e sua permanência no cargo é incerta. O técnico viveu situação parecida comandando a Bolívia, seu país de origem, treze anos atrás.
Em julho de 2012, Quinteros pediu demissão do comando da Bolívia, após cerca de um ano e meio no cargo. Na época, o treinador alegou que a principal razão para sua decisão foi a falta de tempo adequado para trabalhar com o elenco.
A organização do Campeonato Boliviano havia reduzido o período de preparação da seleção, o que, segundo ele, comprometia o rendimento do time nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2014. “Pensei muito antes de tomar essa decisão. Acredito que essa medida vai prejudicar ainda mais o futuro da seleção”, afirmou Quinteros em coletiva de imprensa.
Quinteros já pediu demissão da Bolívia em 2012; treinador vive pressão no Grêmio
Durante sua gestão, a Bolívia somou apenas quatro pontos nas Eliminatórias e ocupava a sétima posição na tabela. Apesar do desempenho modesto — com duas vitórias, seis empates e dez derrotas em 18 jogos —, Quinteros garantiu ter feito um trabalho sério e deixou o comando convicto de que estruturou uma equipe competitiva.
Seu momento mais marcante foi o empate em 1 a 1 contra a Argentina na estreia da Copa América de 2011, em La Plata. Na ocasião, o presidente da Federação Boliviana de Futebol, Carlos Chávez, lamentou a saída do treinador e reconheceu as dificuldades de se comandar uma seleção com poucos recursos.
Agora, com o cenário se repetindo — pressão no Grêmio e vaga aberta na Bolívia —, resta saber qual será o próximo passo de Quinteros em meio a mais uma encruzilhada em sua trajetória como técnico.