A situação vivida atualmente por Roger Machado no comando do Internacional remete inevitavelmente ao cenário enfrentado por ele mesmo em 2022, quando dirigia o Grêmio na Série B. Na época, uma sequência de resultados ruins culminou em forte pressão da torcida e, diante do desgaste, o técnico optou por pedir demissão.
O clube então apostou em Renato Portaluppi, que chegou com status de ídolo e conseguiu levar a equipe à vice-liderança da segunda divisão, recolocando o Tricolor na elite do futebol brasileiro.
Hoje, o enredo se repete, mas com o rival. Após a goleada sofrida por 4 a 0 para o Botafogo no Nilton Santos, pela oitava rodada do Brasileirão, Roger voltou a ser alvo de críticas intensas. Ainda que a direção do Inter evite falar em troca de comando, a relação entre o treinador e a torcida colorada parece cada vez pior.
Roger passa por momento ruim no Inter e perde prestígio na torcida
Em 2022, no Grêmio, foram cerca de 15 mil torcedores vaiando Roger de forma contundente no fim da partida, com muitos deles pedindo por mudanças imediatas. O nome de Renato, inclusive, foi ecoado das arquibancadas, como símbolo de um desejo por liderança forte e mudança de postura.
Nos últimos três compromissos, Roger somou apenas um ponto de nove possíveis — desempenho que acende o alerta mesmo ainda no início da competição.
Diferente de 2022, quando saiu por iniciativa própria no Grêmio, agora ele se mantém no cargo, enquanto o clube tenta sustentar a estabilidade no comando técnico. Porém, o ambiente no Beira-Rio é instável, e uma nova derrota pode tornar a permanência insustentável.
Nesta quinta-feira (15), o Inter jogará a partida do ano contra o Nacional-URU em Montevidéu, na Libertadores. Uma derrota pode complicar de vez a vida do Colorado no grupo da morte, e uma desclassificação na competição continental, logo na fase de grupos, pode acabar de vez com qualquer resquício de crédito adquirido por Roger no Gigante da Beira-Rio.