Inter quebrou a banca e gastou R$ 255,7 milhões para ser campeão
Que o Inter quebrou um longe jejum de taças ao se sagrar campeão gaúcho no início desta temporada, todo mundo já sabe. Agora, que o clube do Beira-Rio gastou rios de dinheiro para formar o elenco vencedor, sob o comando do técnico Roger Machado, é novidade – ainda mais por se tratar de uma equipe que vive uma questão financeira bastante delicada.
De acordo com a reportagem feita pelo portal ‘Correio do Povo’, as despesas com a folha de pagamento (salários, direitos de imagem e encargos) consumiram R$ 21,3 milhões por mês no ano passado. No total, o clube gaúcho acabou desembolsando R$ 255,7 milhões em 2024. O valor, é claro, representa apenas um recorde absoluto e não inclui outros custos relacionados ao futebol, como logística ou compras.
Pela primeira vez no Inter, presidente Alessandro Barcellos fecha ano no vermelho
Segundo dados divulgados pelo Portal da Transparência do clube, este montante subiu vertiginosamente de 2020 para cá, passando de R$ 181,3 milhões (com uma média mensal de R$ 15,1 milhões) para os valores citados acima. Ou seja, após anos de relativa estabilidade, a folha salarial teve um salto significativo, principalmente depois das chegadas de nomes de peso.
Parte desses reforços, no entanto, já deixou o clube, o que gerou alívio nas contas a partir do segundo semestre, mas foram contratados Lucas Alario, Robert Renan, Fernando, Thiago Maia e Bernabei – o que acabou gerando um alto custo para o departamento de futebol, que saltou de R$ 287,5 milhões em 2023 para R$ 404,4 milhões em 2024, representando um aumento de 39%.
Como consequência, além da conquista estadual, o balanço apresentou um déficit de R$ 34,4 milhões. Sendo esse, inclusive, o primeiro resultado negativo da gestão do presidente Alessandro Barcellos, iniciada em 2021. Tal prejuízo, contudo, foi agravado pelos efeitos das enchentes de maio do ano passado, que geraram um impacto estimado de R$ 90 milhões nas finanças.