Luto: falece goleiro lendário do Internacional
O futebol brasileiro perdeu nesta terça-feira um de seus maiores ídolos debaixo das traves. Haílton Corrêa de Arruda, o eterno Manga, faleceu aos 88 anos no Rio de Janeiro.
Ídolo no Internacional e no Botafogo e com passagem pelo Grêmio, o ex-goleiro lutava contra um câncer de próstata e estava internado no Hospital Rio Barra. Nascido em Recife, em 26 de abril de 1937, Manga marcou época com defesas impressionantes e uma carreira de dar inveja a qualquer jogador da posição.
Iniciou sua trajetória no Sport, em 1955, mas foi no Botafogo que ganhou projeção nacional. Era o grande guardião do gol em um time repleto de craques, como Nilton Santos, Garrincha, Didi e Zagallo.
Ídolo eterno do Internacional, Manga faleceu aos 87 anos na manhã desta terça-feira (08)
Suas atuações o levaram à convocação para a Copa do Mundo de 1966. Pouco depois, seguiu para o Nacional, do Uruguai, onde também brilhou. Mas foi no Internacional, a partir de 1974, que se consolidou como lenda.
Pelo Colorado, Manga viveu anos inesquecíveis. Foi bicampeão brasileiro (1975 e 1976), tricampeão gaúcho e um verdadeiro símbolo da segurança no gol. Destacava-se pela frieza em jogos decisivos, reposição precisa e defesas milagrosas em bolas paradas.
Goleiro deixou grande legado no futebol brasileiro
Um dos duelos mais marcantes de sua passagem pelo Inter foi contra o lateral Nelinho, conhecido por suas cobranças de falta potentes. Manga respondeu à altura, com defesas memoráveis que ficaram eternizadas na história do clube.
Tamanha importância lhe rendeu uma homenagem singular: o Dia do Goleiro, celebrado em 26 de abril, sua data de nascimento, foi oficializado em 1976 como reconhecimento ao seu legado no futebol brasileiro.
Após sua passagem pelo Inter, ainda atuou por Operário-MS, Coritiba e Grêmio, antes de encerrar sua carreira no Barcelona de Guayaquil, em 1982. Manga deixou não só títulos e grandes atuações, mas também uma imagem de coragem e paixão pelo ofício, simbolizada nos dedos tortos — marcas de quem jamais fugiu de um desafio dentro das quatro linhas.